segunda-feira, 31 de março de 2014

DICAS PARA USO RESPONSÁVEL DO ACERVO e DA BIBLIOTECA




- Faça anotações no seu caderno e não sublinhe o texto dos livros, mesmo que a lápis. As anotações importantes para você podem não ser importantes para outro usuário;  evite a poluição visual;

- Ao rasgar ou recortar folhas, figuras e capítulos de livros você estará mutilando a informação que poderá ser única e insubstituível e que é de uso de todos;

- Evite comer e beber perto dos livros e similiares, pois o alimento e o líquido causam danos irreversíveis aos materiais;

- Utilize marcadores de páginas; evite dobrar e marcar páginas com objetos, como: clips, lápis, caneta e outros, para não deformar o papel;

- Evite passar o dedo na língua para virar a página porque a saliva é ácida e com o tempo deteriora o papel;

- Evite colar fitas adesivas, pois com o tempo amarelam o papel, podem danificar o texto e são de difícil remoção. Quando necessário o conserto, comunique o problema no momento da devolução;

- Lembre-se de que a exposição dos livros à luz solar, à chuva ou ao calor prejudicam a conservação do papel e facilita o desenvolvimento de microorganismos; evite variações de temperatura e umidade;

- Ao ler um livro evite abri-lo totalmente, isto pode comprometer a estrutura de sua encadernação;

- Respeite o período de empréstimo: outros usuários poderão estar precisando da obra;

- Lembre-se: todo cuidado é pouco, pois a obra é pública e de uso coletivo;

- Deixe sua mochila, sempre que possível, na sala de aula; se não for, deixe-a no balcão de entrada;

- Arrume sua cadeira sempre que deixar o lugar à mesa;

- Respeite o ambiente da biblioteca: concentração e silêncio;

- Ao retirar qualquer livro da estante para pré-consulta, devolva-o no mesmo lugar;

- Não é permitido o uso de celulares;

- Não altere a disposição do mobiliário;

- Não retire nenhum material sem registrá-lo.

 Seguindo esses cuidados você estará contribuindo para prolongar a vida útil do acervo da Biblioteca, bem como,  ajudando a manter o mobiliário em bom estado. Assim, estaremos preservando  não só a informação, mas também, a estrutura física das obras, bem como, o espaço físico ocupado.

 E lembre-se:
 Leia e pesquise o mais que puder:  podem  tirar-te  tudo, mas o teu conhecimento, impossível. E esse, com certeza, te  salvará por várias vezes.


 “Sempre imaginei o paraíso como uma grande biblioteca.” 
(JORGE LUIS BORGES)

quinta-feira, 20 de março de 2014

TEXTO PUBLICADO NO JORNAL POLO FOZ - 07/03



“ PELA SAUDADE QUE ME INVADE ...”
Acabou o carnaval. Agora o ano começa a andar, em todos os sentidos. Sente- se, na quarta-feira de cinzas, um quê de “ já acabou” para alguns, mas para outros um quê de alívio.  Meu pai de 74 anos é um desses que sentiu alívio: pela barulheira, pelas extravagâncias, pelos excessos. Confesso que até eu, fã de carnaval,  estou aliviada. Sabem do que sinto saudades? Do velho e bom carnaval de São Carlos. Os grupos, blocos e escolas de samba trabalhavam unidos, durante meses. Fazia-se  ensaios, bordava-se as roupas, esperava-se o grande momento de desfilar na rua, ladeada pelo público ansioso para ver as fantasias e os carros alegóricos. ( E lá  no final do desfile, divertir-se com o bloco dos sujos com sua irreverência.)
            O que vemos hoje não é mais carnaval. Transformou-se numa festa de rua que somente ficou com o nome. As boas marchinhas não são nem lembradas. Os sambas enredos e o bom samba raiz, nem cogitados pelas bandas. (De vez em quando um pagode e axé.) Porém, o que mais me preocupa não é a questão da música, pois, acreditem-me, a maioria não está nem aí com a qualidade e o repertório musical. A questão é andar, caminhar, dançar e olhar, e olhar muito. Fiquei no sábado observando o público. Os de mais idade, dançando, curtindo, conversando com os companheiros; mas o que mais eu via eram adolescentes zanzando de um lado para o outro.  Vi na minha frente uma adolescente, com uns 16 anos ( se tinha tanto) beijando cada um que passava e numa questão de pouco tempo havia beijado cinco garotos diferentes. Como diz a letra de um funk: “ Hoje é ficar, não namorar. Quem chegar, pega. Hoje é beijar em quantidade, não há qualidade. Quem chegar, é só babar...” Olha, sou bem liberar e aberta com várias questões, mas neste ponto sou bem careta. Sempre digo para minha filha Victória e suas amigas que  moral é tudo o que se tem. Conquistá-la, construí-la, é uma tarefa árdua e contínua, porém, perdê-la, é um tapa, um piscar de olhos. E não há como recuperá-la. É como um cristal quebrado: nunca mais será o mesmo.
            Sou a favor de tudo que deixe as pessoas mais felizes, mas felizes de verdade. Não ilusão de momento, não uma alegria de faz de conta. Sou contra tudo que é exagerado, extremado, que passa do limite. Não que tenhamos que ser normais, seguir linhas e regras impostas, pois concordo com Caetano Veloso quando diz que “de perto ninguém é normal...” Realmente, ninguém o é. Temos que colocar “... os cornos pra fora e acima da manada”, segundo Gal Costa em sua canção Vaca Profana. É uma questão de sobrevivência, até; porém, com os pés no chão, racionalidade e emoção caminhando juntas.
            Ousar sermos felizes, com responsabilidade. Como diz meu marido: não existem más companhias. Cada um é a sua companhia e a sua influência.
 Então, vai a dica: que cada um seja uma boa companhia para si mesmo. Lembrem-se: cada um é responsável pelos seus atos e a lei da ação e reação, não falha. Pode tardar, mas não falha!

DICA DA SEMANA
Bem, no mesmo lugar, no mesmo ambiente, um erro recorrente. Até rimou, o que não era a intenção. Eu havia, há alguns anos, falado para algumas pessoas responsáveis pelo carnaval de Águas de Chapecó sobre a palavra femInino utilizada na entrada do banheiro para mulheres.   Fiquei feliz quando vi de longe que  haviam corrigido. Decepção quando cheguei perto. A placa nova, estampada em tamanho grande na frente, estava correta ( não tão correta: banheiros feminino – plural/singular), mas  a placa antiga, menor, na entrada do banheiro, ficou do mesmo jeito, com o mesmo erro: femEnino.
Lugares públicos devem primar pela correta grafia, pois várias pessoas frequentam o ambiente. Os erros pequenos dão a mostra de que há falta de atenção. Artisticamente falando: as partes é que formam o belo do todo.
Fica novamente a dica.... Veremos no ano que vem!

sexta-feira, 7 de março de 2014

TEXTO PUBLICADO NO JORNAL POLO FOZ - 28/02



“ O MAL-ESTAR NA EDUCAÇÃO: DE QUEM É A CULPA?”
 “Professores, Protetores... das crianças do meu país. Eu queria, gostaria, de um discurso bem mais feliz, porque tudo é educação, é matéria de todo o tempo... Ensinem a quem sabe de tudo a entregar o conhecimento, pois  é na sala de aula que se forma um cidadão. Na sala de aula que se muda uma nação. Na sala de aula não há idade, nem cor, por isso aceite e respeite o meu professor...!” Este fragmento é da canção “ Anjos da Guarda” de Leci Brandão e toda vez que me deparo com uma situação frágil, delicada da minha profissão, lembro-me dela e de tantas outras. Não estamos em outubro para comemorar o dia do professor, nem para fazer uma homenagem a minha profissão. Estamos no início do mês de março, prestes a passar pelo carnaval, nos preparando para a copa do mundo e para eleições. Então, por que falar do professor?
Porque, infelizmente, estamos novamente num impasse com o governo estadual quanto ao cumprimento da lei do piso nacional aprovada em 2008. Todo ano repete-se a mesma coisa: o piso é garantido aos iniciantes, aos professores que possuem somente o ensino médio e outros, como eu, com mais de 20 anos de magistério, assistindo as estratégias do governo, suas artimanhas para não estendê-lo na carreira a todos os profissionais da educação.
É importante que a comunidade escolar saiba o que se passa. A diferença do vencimento de um professor com pós-graduação na área, com 40 horas/semanais, quase no final da carreira, como é o meu caso, com exatamente 25 anos, 9 meses e 9 dias de tempo de serviço, para um professor  somente com ensino médio é de R$ 663,63. Fala-   -se em estímulo, em amor à profissão... Pois eu digo: realmente só fica quem  tem amor à profissão, quem tem vocação e para quem está em final de carreira.   (Opa, abro um parênteses: agora também há a procura de quem tem apenas o ensino médio, pois é um salário razoável para quem não tem especialização.)
Gostaria de deixar claro que em nenhum momento estou me manifestando contra meus colegas em início de carreira. Pelo contrário: nossa última greve foi para garantir o piso. Paramos 63 dias para lutar pelo que era nosso de direito, porém,  sabemos que é somente assim que se consegue algo: na pressão, na greve, na manifestação, no desgaste.
Vocês devem estar se perguntando o  porquê de eu estou falando tudo isso. Pois eu digo: estamos prestes a ver deflagrada,  mais uma vez, uma greve no estado de Santa Catarina. Greve não é bom para ninguém. Os alunos são prejudicados, a comunidade escolar é lesada, o professor sofre desgaste. Enquanto estamos prestes a viver novamente esta situação em nosso estado, muita gente finge que nada está ocorrendo. Vejo colegas preocupados somente com o aumento salarial, quando a luta do sindicato é muito maior do que isso: passa pela valorização, em todos os sentidos!  
Ao escrever, estou me lembrando também que a Educação transforma pessoas e liberta  pessoas e, como sempre, me veio à mente a definição de como a Educação pode ser perigosa. Ela é um perigo para mandatários que têm pavor de um povo pensante. A Educação pode mudar a realidade de um povo na medida em que cidadãos tomem as rédeas, mudem a forma como se faz política e não aceitando serem escravizados, serem pensados. A Educação e seu abandono necessitam de análises todos os dias. Se a Educação funcionar neste país, as coisas mudam e, por isso mesmo, muita gente tem medo do estrago que uma boa Educação pode trazer.
 Sou muito otimista e isto é algo empolgante. A Educação não morreu, apesar de, às vezes parecer. Ela está em coma, mas deu sinal de melhoras e com muita luta vamos tirá-la deste estado vegetativo.
 Uma saudação para nós, os guerreiros da Educação, que não estão fugindo de sua luta e ainda tentando realizar o sonho, não tão utópico assim, de uma Educação valorizada, com profissionais valorizados.
A Educação vive, e isso eu não preciso lembrar, pois eu vivo isso.

DICA DA SEMANA
Minha filha Antônia de 6 anos me apareceu esta semana com esta pergunta: “ Mãe, o Y é vogal ou consoante?” Fiquei literalmente de boca aberta, pois é uma pergunta complexa para uma criança nesta idade. Respondi de uma forma que ela pudesse entender, mas questionei-me, também, de que esta podia ser a dúvida de várias pessoas. Então vamos tentar esclarecer:
                  Com o Novo Acordo Ortográfico nosso alfabeto passou de 23 letras para 26 com a inclusão das letras K – Y e W e estas obedecem às regras gerais que caracterizam consoantes e vogais. Consoante é um fonema pronunciado com a interrupção do ar feita por dentes, língua ou lábios. Já a vogal é um fonema pronunciado com a passagem livre do ar pela boca. Seguindo essas regras, o Y é uma vogal, já que foi traduzido do alfabeto grego como I e mantém esse som nas palavras em que é usado, como em ioga. Quando aportuguesada, a palavra originalmente grafada com Y passa a ser grafada com I - como em iene, moeda japonesa. O K corresponde, em português, ao som do C ou QU - como vemos em Kuait - sendo considerado consoante. Já o W deve ser empregado de acordo com sua pronúncia na língua original, isto é, ora com som de V, quando proveniente do alemão (como Wagner), ora com som de U, quando de origem inglesa (caso de web). Com isso, a letra W é considerada consoante ou vogal, conforme o uso.