As
palavras têm mais força do que imaginamos e influenciadas por nossas emoções,
irradiam energias para os lados. Energias harmoniosas ou totalmente
perniciosas. Depende da intensidade, da fúria, da bondade, da intenção!
Nós já sabemos que nossos
pensamentos e nossas palavras têm poder em nossa vida. E sabemos que este poder
pode ser tanto destrutivo, como construtivo. Podemos elogiar ou criticar, levar
alívio, amenizar preocupações, sarar feridas, agradecer ou reclamar. Geralmente
falamos sem pensar. Reagimos ao que o outro está falando e deixamos que
palavras duras saiam de nossas bocas sem medir os efeitos nocivos, as
consequências que podem causar: no outro e em nós mesmos. Ao entrarmos na
frequência energética do outro, somos diretamente afetados.
Faz poucos dias que eu falei para
uma pessoa – que, quando preciso, me diz as coisas numa rispidez suave - que eu
tenho um lado bom extremado, mas também tenho um lado escuro, ruim, que, se
atacado, reage. E muitas vezes reage sem consciência e de forma que não consigo
controlar, impulsionado totalmente pela mágoa ou raiva do momento. Quando
percebo, já foi dito e, como diz o ditado, ”flecha atirada e palavra falada não
voltam”, resta a culpa e o reparo – que sempre deixa cicatrizes. Quantas vezes,
na ansiedade, atropelamos em palavras, num ritmo frenético. Nem respiramos pelo
nariz por que não dá tempo e, assim, provocamos uma falta de ar que gera
afobação exagerada. Outras vezes falamos alto demais, em tom autoritário que,
às vezes, chega à beira da falta de educação. Às vezes, abaixamos a cabeça,
falamos baixinho, sem olhar nos olhos do interlocutor, numa demonstração de
timidez, de rebaixamento, de humilhação.
Na
verdade a pergunta que faço - logo eu que lido com palavras a vida toda, que
são minha paixão - é: o que estou querendo transmitir com as palavras que
uso? Todos nós conhecemos o poder da
palavra. E ela muitas vezes dói mais que um tapa na cara e acalenta mais que
qualquer atitude. Sabendo que um elogio é bom, por que critico maldosamente?
Por que ofendo? Eu sei, com convicção, que as palavras agem nos fluidos do
ambiente. Se oro, se canto um hino, se professo um mantra, purifico. Mas se
digo palavras nocivas, com raiva, o contrário também acontece: a palavra dita
destruirá qualquer boa intenção. Nem vou entrar na energia da mídia, televisão,
rádio, etc... A letra de um funk batidão
e uma melodia de Frank Sinatra são uma boa comparação de como fica o ambiente.
E os fofoqueiros de plantão que nunca conseguem construir nada porque toda
energia é desperdiçada pela fala mal intencionada? “A fofoca espelha o caráter
de quem a faz”, afirma o psicoterapeuta Ângelo Gaiarsa.
Então,
para que eu lembre, para que você lembre: as nossas palavras sempre estão
acompanhadas das nossas emoções e do nosso estado de espírito e elas se
espalham em ondas, em energia para todos os lados. Fato: nossa falta de
equilíbrio emocional e nosso estado interno de confusão mental são refletidos
em nosso físico e em nosso corpo espiritual, gerando doenças de toda série. A
tensão, as cobranças que nós mesmos nos fazemos e a nossa afobação influenciam
na produção de hormônios. A falta de amor por nós mesmos e a forma como nos
tratamos internamente, influencia no funcionamento do nosso organismo e ficamos
sem defesa.
Sendo
assim, dentro de cada um de nós mora o bom senso, valores, bondade, ética, luz,
Deus ... e se usarmos essas qualidades para nos comunicarmos, certamente
estaremos fazendo escolhas certas para a nossa vida. Nossa alma agradecerá,
assim como, o planeta inteiro, pois “mesmo sendo Um, somos Todos.”
Ótima
semana a todos.
Namastê!