sábado, 17 de outubro de 2015

“NÃO JULGUE OS OUTROS: O PECADO DELES É DIFERENTE DO SEU!”



“Não julgueis e não sereis julgados. Porque do mesmo modo que julgardes, sereis também vós julgados e, com a medida com que tiverdes  medido,     também vós
Sereis  medidos. Por que olhas a palha que está no olho de teu  irmão e não vês a trave que está no teu? Hipócrita! Tira primeiro  a trave de teu olho e assim verás para tirar a palha do olho do teu irmão”. Estas são palavras de Jesus Cristo e é com e sobre elas  que quero falar.  
É incrível a facilidade com que julgamos os outros e com que os outros nos julgam. Como disse Jesus, vemos a falha no outro - que nós consideramos falha – e partimos para o julgamento. “Não julgueis para não serdes julgados”: já ouvimos  isso várias vezes. É uma advertência clara de que toda má ação que cometemos gera prejuízo para nós mesmos, porque quando julgamos o outro, estamos medindo a  nós  mesmos.
Quem sou eu para dizer à outra pessoa o que é certo ou errado... Eu não vivo a vida dela, eu não sinto o que ela sente, eu não experencio as mesmas coisas que ela, muito menos sei o que se passa no íntimo dela. Eu dificilmente – ou quase nunca – julgo as escolhas de alguém. Pelo contrário: lá estou eu, falando, conversando, levando uma palavra de amor e carinho para que tal pessoa possa encontrar e escolher o melhor caminho, mas SEM JULGAMENTO. E estarei ao lado dela independentemente da escolha que fizer. Não vou gostar menos dela por isso, porque a experiência e a necessidade de viver aquilo não é minha, mas dela.  Cheguei  à conclusão de que os defeitos, os erros, as falhas que vemos nos outros são falhas que temos em nós, em maior ou menor grau. Como é que notamos quando alguém está sendo malicioso? Porque conhecemos a malícia. Se não conhecêssemos, não perceberíamos. E assim é com a bondade, com o amor...
Como podemos cuidar dos erros alheios se não cuidamos dos próprios?  Como é que somos tão severos com as falhas dos outros e sempre arrumamos uma desculpa para as nossas? Dois pesos e duas medidas. Uma pessoa muito próxima minha me disse: “até aceito o julgamento de alguém, mas esse alguém tem que ser muito perfeito e não ter falhas.” Apontamos os defeitos dos outros numa tentativa ridícula de nos destacarmos, pois nos elevamos a nossos próprios olhos e diminuímos o próximo com nossas conclusões tortas e nossos julgamentos fraudulentos.
Quem você acha que nos julga? Deus que não é - e seria o único que poderia nos julgar. Deus nos deu a consciência e é ela que se encarrega de observar, analisar e julgar. Sim, somos nós que nos julgamos. Pecado é aquilo que nos faz deitar no travesseiro à noite e não nos deixa dormir. Quando sentimos remorso por um erro cometido somos nós que estamos nos julgando porque sabemos que erramos: o remorso já é a nossa sentença. “Atire a primeira pedra quem não tiver o telhado de vidro...!” Quem se arrisca a ser o primeiro?
Pois é assim que funciona. Nós somos nossos juízes. E nos julgamos com a medida que usamos para julgar os outros. Devemos lembrar que a aparência que temos faz parte dos nossos desafios. Que a vida que levamos faz parte do nosso aprendizado. Não somos um corpo, estamos temporariamente ligados a um corpo. E no julgamento final serei EU X EU.  “Pelas suas palavras e atitudes serás condenado”, disse o grande mestre Jesus.
O julgamento que você faz dos outros e das suas atitudes é o mesmo julgamento que a vida irá aplicar a você. Para considerar a Lei de causa e efeito é preciso considerar muitas coisas. A existência presente é apenas um pequeno ponto na eternidade. Mas ao final de tudo compete a nós mesmos não nos deixarmos atingir por uma atitude que consideramos equivocada. Afinal, se errarmos  ou acertarmos, se formos condenados ou libertos, o mérito final será de cada um.
Paulo Coelho disse: “Não devemos julgar a vida dos outros, porque cada um  sabe de sua própria dor e renúncia. Uma coisa é ACHARMOS que estamos no caminho certo, outra é ACHARMOS que nosso caminho é o único!
Acho que não seria necessário dizer mais nada, mas vou completar: Toda vez que alguém pensar em julgar o outro que corra se olhar no espelho!!!!

A DICA DA SEMANA É...
JULGAR significa:
# decidir como juiz ou árbitro, sentenciar, entender, avaliar, formar juízo, lavrar ou pronunciar sentenças, apreciar;
# formar opinião, conceito a respeito de pessoa ou coisa, ajuizar.


Diferente de CRITICAR que tem como significado “capaz de julgar”, mas no sentido de avaliar. Daí decorre que geralmente pensamos na palavra “criticar” num sentido negativo - destacar falhas nos outros. Mas a palavra “criticar” significa simplesmente “avaliar”.

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