Sempre me interessei em conhecer a cultura, os
costumes, a fé, os comportamentos dos vários povos espalhados pelo mundo. Nunca
me contentei com o óbvio que se apresentava para mim no dia-a-dia. Sempre
acreditei que havia algo mais, e muito mais. Eu pensava: se todos somos seres
humanos por que vivemos de formas tão distintas? Hoje, com minhas várias
leituras, que não me saciam nunca, obtive
algumas respostas. Mas uma é certeira: podemos viver de formas
diferentes, mas temos os mesmos objetivos – nosso aprimoramento como seres
individuais, coletivos e espirituais.
Quando
preciso aprender algo, Deus usa de suas interfaces de forma poderosa. E sempre
consegue me atingir, porque, querendo ou não, mesmo sendo teimosa e relutante e orgulhosa e
imprevisível, estou aberta e buscando a minha evolução. É esta porta aberta que
Deus usa pra chegar ao meu coração. Ninguém me conhece como Ele e Ele sabe como
e o que fazer pra me tirar da zona de conforto.
Esta
semana caiu em minhas mãos um livro chamado “Abraço de Pai João”. Um dia alguém
me disse que eu tinha muitas perguntas a fazer, muitas respostas a buscar: acho
que começaram a chegar, concomitantemente. “E, caindo em si, disse: quantos
trabalhadores de meu pai têm abundância de pão e eu aqui pereço de fome!” ( Lc 15:17).
Eis a resposta de uma de minhas perguntas: estamos com fome de amor. Sobretudo
de sermos amados. No dicionário tradicional é a sensação causada pela
necessidade de comer, mas no dicionário emocional, chama-se CARÊNCIA. Uma
doença que pode nos levar à perturbação e, possivelmente, até à loucura. Não
tenho mais dúvida de que essa necessidade natural de amar e ser amado é um
princípio fundamental para a sanidade humana, física e mental. Essa falta, no entanto, gera um vazio no peito,
inexplicável, avassalador.
Sabe,
é maravilhoso ter alguém para dar atenção e carinho e dele receber todo apoio e
incentivo, porém – conclusão minha – carência é não ter a si mesmo. Que tapa na
cara sentir que não tenho a mim mesma, que eu não me basto e, por este motivo, me
consumo e exijo o amor alheio, em um sinal de profunda imaturidade emocional. (
E quando falta o alimento AUTOAMOR, a alma sofre e a mente adoece).
Sei
que nascemos completos. Não precisamos de metades de ninguém para sermos
felizes, pois somos inteiros perante a divindade. ( Que os leitores entendam
que autoamor não é egocentrismo: são coisas totalmente diferentes). Estou
aprendendo que se não tomarmos alguns cuidados fundamentais e básicos em
relação a nós mesmos, não saberemos amar ao próximo e o movimento sagrado do
amor não passará de um caminho repleto de expectativas mágicas de nossa mente
que acobertam necessidades profundas da nossa alma. Confuso, não é? Mas é a
pura verdade. “Autoamor funciona e pode libertar e curar”, diz Inácio Ferreira
no prefácio do livro citado.
Pois
é: uma mudança energética comigo mesma vai determinar alterações benéficas e
grandiosas. Ficar de bem com a vida. Bela proposta! De que me adianta, e vejo
muitos da mesma forma, ter vários conhecimentos “doutrinários”, cheios de tarefas,
mas infelizes e mal resolvidos, numa existência pesada? Quanto mais de bem com
a vida estivermos, mais nos tornaremos exemplos vivos de sanidade e úteis a nós
mesmos e, consequentemente, contagiaremos a vida ao nosso redor com amor. Com
puro amor. E aí, sim, poderemos amar ao próximo de forma inteira e verdadeira!
Boa
semana a todos!!!! Namastê!
E A DICA DA SEMANA É...
Esta
semana um leitor me questionou sobre a frase “A cerveja que desce redondo”. -
Por que não é “desce redonda”? Vou explicar:
Quem
criou a frase quis que concordasse com o verbo DESCE, portanto, REDONDO
funciona como advérbio. Se o autor da frase quisesse que concordasse com
CERVEJA seria um adjetivo e, portanto, deveria ser REDONDA.
Então,
as duas formas estariam corretas.
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