ACESSEM:
http://olimpiadadalinguaportuguesa.blogspot.com.br/2014/05/curso-de-capacitacao-2-etapa-genero.html?showComment
E CONHEÇAM O TRABALHO REALIZADO PELOS PROFESSORES PARA DESENVOLVEREM A OLIMPÍADA DA LÍNGUA PORTUGUESA NAS ESCOLAS...
quinta-feira, 29 de maio de 2014
terça-feira, 27 de maio de 2014
“ CEM ANOS DE SOLIDÃO”
“É necessário abrir os olhos e perceber que as
coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos, nem
os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua
duração, pois a vida está nos olhos de quem saber ver.”
Sábias palavras do grande escritor colombiano
Gabriel Garcia Márquez que desencarnou neste último dia 17. Considerado um dos
autores mais importantes do século XX, foi também jornalista, editor, ativista
e político. Foi um dos escritores mais admirados e traduzidos no mundo, com
mais de 40 milhões de livros vendidos em 36 idiomas.
Foi laureado com o Nobel de Literatura em 1982 pelo
conjunto de sua obra, que entre outros livros incluiu o aclamado Cem Anos de Solidão. Este romance em
referência nos traz personagens que padecem de solidão, não só pelo isolamento,
mas, sobretudo, pelo próprio estado de espírito que caracteriza o passar do
tempo para a família protagonista, Buendía.
No início do livro o autor traça a genealogia
da família, que sugiro aos leitores que seja observada e retomada durante a
leitura para melhor compreensão. A solidão é o estado de espírito que passa de
geração para geração, como um rio que segue seu curso até o rumo final. No caso
da família Buendía que se envolve em revoluções, inventos, amores na casa
grande e na senzala, corrupções, a identidade da América Latina vai sendo
delineada, tendo como instrumento narrativo o realismo mágico. É exatamente
nesse ponto que se destaca a prodigiosa imaginação do autor que sabe como
ninguém construir a realidade por meio do que cremos ser verdade. Por trás dos
malabaristas de seis braços, do ancião de quase duzentos anos que havia vencido
o duelo de repentes, do padre que levita 12 centímetros do chão, da mulher que
come areia, dos filhos que nascem com rabo de porco, tapetes voadores, uma
população inteira que perde a memória, almas penadas, o homem que arrasta em
torno de si um cortejo de borboletas amarelas, existe a história contada da
solidão de um continente que se construiu de uma maneira própria.
Poderemos experimentar, tanto nesses
símbolos, quanto nos mitos e rituais, a expressão de uma realidade última. Jung
cita em sua obra que “o homem pode viver
as coisas mais surpreendentes, se elas tiverem sentido para ele. Mas a
dificuldade é criar esse sentido”. Nós somos seres de uma imaginação
inexplicável, tão inexplicável que as coisas acontecem e achamos que é obra do
acaso: mas tudo, exatamente tudo, aconteceu antes num cantinho da nossa cabeça.
A materialização vem depois da imaginação.
A rede Globo de televisão relançou no ano de 2013 a novela Saramandaia:
simplesmente fantástica! Quem assistiu, ao ler o livro de Márquez, irá
encontrar semelhanças ao analisar a questão do preconceito e das diferenças
individuais.
A trajetória de uma família descrita em
cem anos, uma geração vivida em cem anos, uma história que pode ser de qualquer
família: cem anos de vida, de peculiaridades, de excentrismos, de sonhos, de
lutas, de amor e de solidão: isto é o
que o leitor vai viver ao adentrar neste mundo mágico de Márquez. Uma leitura
indispensável.
Acredito
que seja essa a nossa necessidade: encontrar um bom mito que dê significado
para a nossa existência, já que viemos ao mundo para fazer o nosso caminho
solitário.
Um
escritor reconhecido por todos: Gabriel García Márquez será sempre inovador. E eterno.
sexta-feira, 23 de maio de 2014
TERMINA HOJE INSCRIÇÕES PARA O ENEM
Termina hoje, 23 de
maio, o prazo para inscrições ao Exame Nacional de Ensino Médio – ENEM. Para se
inscrever é preciso acessar o site do ENEM ( Enem.inep.gov.br) e preencher os
campos solicitados.
Alunos: não percam esta
oportunidade, pois essa é a única forma de ingresso para algumas Universidades,
entre elas a UFFS que oferece pela primeira vez vagas para o curso de medicina.
quinta-feira, 22 de maio de 2014
OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA
Acesse
http://olimpiadadalinguaportuguesa.blogspot.com
e compartilhe desta maravilhosa experiência pelo mundo das palavras.
Diário de Bordo do curso de capacitação de docentes da 29ª GERED.
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e compartilhe desta maravilhosa experiência pelo mundo das palavras.
Diário de Bordo do curso de capacitação de docentes da 29ª GERED.
“NADA É IMPOSSÍVEL DE MUDAR!"
Eugen Berthold Friedrich Brecht foi um poeta,
romancista, dramaturgo e teórico renovador da cidade de Augsburg, Alemanha. Alguns devem
pensar que sou ousada em querer falar de um escritor desta magnitude, que tinha
uma visão de humanidade e de sociedade
muito além do seu tempo. Pois eu mesma considero uma ousadia e não me atrevo a
analisar sua obra, nem falar de suas convicções, mas não posso deixar de
mencionar e comentar alguns de seus escritos que cada vez são mais atuais. Brecht é uma época. Uma época
tumultuosa de rebeldia e de protesto. Refletem-se, em suas obras, os problemas
fundamentais do mundo atual: a luta pela emancipação social da humanidade. Brecht vai além:
colocou sua obra literária a serviço da política. E eu diria mais, e aí sim eu
ouso: a serviço de uma compreensão melhor de cada um de nós, espiritual e
holisticamente falando.
Num de seus
poemas ele escreve: "Primeiro
levaram os negros, mas não me importei com isso: Eu não era negro! Em seguida
levaram alguns operários, mas não me importei com isso: Eu também não era
operário. Depois prenderam os miseráveis, mas não me importei com isso, porque
eu não era miserável. Agora estão me levando, mas já é tarde: Como eu não me
importei com ninguém, ninguém se importa comigo." Pois é bem
assim: enquanto não acontece com a gente mesmo, enquanto não sentimos nós
mesmos na pele, muitas vezes não nos importamos e deixamos tudo correr por
conta própria. E ao final de tudo, quando não se importarem mais com a gente,
ainda nos daremos ao direito de reclamar. Sei que não podemos salvar o mundo,
mas podemos contribuir e torná-lo um lugar melhor de se viver. Somos uma
consciência coletiva que exerce um poder fora do comum em tudo que acontece a
nossa volta e, principalmente, pelo que acontece dentro de nós mesmos.
“Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama
violentas às margens que o comprimem.” Esta é uma das
frases deste escritor que mais me fez pensar até hoje. Sempre tendemos a
analisar o fato por si só. Esquecemos do principal: o que fez este fato ser
fato. Toda conseqüência teve uma causa. Procuramos soluções para tantas coisas
e muitas vezes nem conhecemos bem o problema. Corremos às cegas e nos
desgastamos à toa.
Eu já falei uma vez
que sempre compreendi o significado da palavra política em sua essência:
maneira de agir com habilidade, quer seja, no grupo familiar, no grupo de
amigos, no trabalho, quer seja, em sua forma mais ampla de governar um país, um
estado, uma cidade. Respiramos política diariamente em todas as suas
instâncias, queiramos ou não. É o funcionamento da vida organizada. Neste
contexto Brecht escreveu dizendo que o pior analfabeto é o político, porque ele
não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos. Ele não sabe que o custo
de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do
remédio dependem das decisões políticas. E o escritor, de forma agressiva até,
sentencia dizendo que “o analfabeto
político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia política.”
E o mais chocante em suas palavras é quando finaliza enfaticamente afirmando
que “não sabe este imbecil que da sua
ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os
bandidos: o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio...” Não há como
não considerá-lo corajoso ao fazer tais afirmações. E eu completaria dizendo
ainda que desses ignorantes, burros, nascem outros ignorantes, os que ignoram!
Estes últimos ficam ainda mais alheios a tudo, pois lhes é negado o direito de
“acordar” e viver de forma mais digna. Estes são os que “se deixam pensar pelos
outros.”
Crítico em tudo que
escrevia ainda advertiu o leitor a desconfiar do mais trivial e examinar,
sobretudo, o que é habitual. Nos pede que não aceitemos o que é de hábito, a
coisa natural, pois numa confusão, numa arbitrariedade, numa desordem, numa
desumanizada humanidade, nada deverá parecer natural. E completa: “nada deverá parecer impossível de mudar.”
Concordo plenamente, pois somos homens,
seres muito úteis...e temos um grande defeito: sabemos pensar!
( Maria Célia/2014)
terça-feira, 20 de maio de 2014
sexta-feira, 9 de maio de 2014
“ CANTAR A BELEZA DE SER UM ETERNO APRENDIZ!”
Por que esta tristeza imensa nos invade? Por que nos sentimos
tão incapazes de nos suportar em algumas situações? Como é bom poder culpar as
pessoas pela nossa desgraça, blasfemar dizendo que só acontece com a gente, que
o mundo é contra nós, blá, blá, blá.... Chorar, desanimar, recolher-se num
casulo que na verdade é um abismo, fugir... Temos um trabalho excelente, que nos
realiza, uma família, filhos adoráveis, um companheiro, uma companheira, casa
confortável... Portanto, o que falta?
Pois eu digo: todos temos o direito de entristecer, xingar,
reclamar, querer nos recolher num mundinho só nosso. A tristeza é um pedido da
alma. É um pedido de socorro de que algo não está certo, é um processo de cura.
Este vazio, esta cobrança, é individual, de cada um. A grande questão é: quanto
tempo ficar nesta lamúria, neste abismo! Sempre digo que não é fácil o embate
conosco mesmos, mas é o único caminho. Pergunto: como podemos querer fugir de nós?
Como podemos, ao mesmo tempo, conviver conosco mesmos? Osvaldo Montenegro no
poema Metade diz “ que o convívio comigo
mesmo seja ao menos suportável.” É isso mesmo: temos que aprender a
conviver com nossos medos, nossas angústias, com o chamado da alma, conviver
suportável e confortavelmente com nossas limitações. Aceitar-nos como seres em
aprendizagem constante e imperfeitos. O que é contado em tempo cronológico é
nossa idade física: a alma não tem idade (nem sexo). Nascemos com uma carga de
conhecimentos de várias experiências espirituais, mas Deus em sua perfeição,
não nos deixa lembrar de tudo de uma vez só. Ele vai revelando aos poucos,
conforme vamos evoluindo e merecendo. Aqui estamos, neste plano terreno,
vivendo uma existência de provas, experiências, lições e aprendizagem
construtiva. Devemos lembrar que “Não
somos seres humanos numa experiência espiritual, mas seres espirituais numa
experiência humana!”
Existe
um conceito psicológico emprestado da física
chamado resiliência e ele é definido como a capacidade que temos
de lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir a situações
adversas, sem entrar em surto psicológico. A
resiliência nada mais é do que uma tomada de decisão quando nos deparamos com
dificuldades, externas ou internas, e a vontade de vencer. E se analisarmos
bem, diariamente estamos superando obstáculos, tirando as “ pedras do meio do caminho”, movidos por
uma forte vontade de vencer.
Mesmo diante de tantas adversidades, de tantos “ leões que matamos por dia”, temos que
agradecer pela oportunidade da vida, da interação, do abraço amigo, da palavra
de consolo. Agradecer pela dor e pela lágrima: elas nos tornam pessoas melhores
e oportunizam nossa cura interior. “Deus
não nos dá carga maior do que suportamos,” ouve-se sempre. Pura verdade!
Como dizia Gonzaguinha: “ Viver e não ter a vergonha de ser feliz! “ Afinal de contas não
estamos sozinhos: temos a nós mesmos! (E uns aos outros!)
quarta-feira, 7 de maio de 2014
“ DE PERTO NINGUÉM É NORMAL...!”
A frase-título deste artigo é de uma música de Caetano
Veloso e consegue relatar o que realmente acho dos seres humanos. Muitos tentam
seguir na normalidade, se dizendo tradicionais, dentro dos bons costumes, mas
não percebem que em qualquer adversidade, ou quando são acuados, ou seus
interesses ameaçados, surge um outro
das entranhas que estava somente dormindo.
O bem e o
mal existem dentro de cada um de nós. Eles não estão em nós em estado
absoluto, mas todos nós somos um pouco dos dois. Dependendo da
circunstância, escolhemos entre um e outro. O que nos diferencia dos outros
animais e o que nos dá a característica de sermos bons ou maus é o senso
de moralidade que nos é inerente. Ao contrário, por exemplo, do cachorro
ou do cavalo, o homem, à princípio, sempre sabe quando está fazendo uma
ação boa ou ruim. A moralidade é universal na humanidade. Ela não muda de
cultura para cultura. Qualquer homem, de qualquer cultura, sabe o que
é certo ou errado e o que é uma ação boa ou má.
O fato
dos homens terem uma moralidade em comum, no entanto, não os iguala em suas ações.
Significa apenas que eles têm um ponto de partida em comum para, a partir dele,
fazerem as suas escolhas morais. Em determinada circunstância, alguns escolhem
ser bons, outros escolhem ser maus. Em outras circunstâncias, as escolhas são feitas
novamente. As escolhas nem sempre são livres: pessoas podem agir
de determinada forma porque são tementes a Deus ou porque
temem represálias humanas, ou ainda, as escolhas podem ser limitadas por
diversas contingências da vida. As escolhas entre ser bom e ser mau são
feitas quando interagimos com outras pessoas. Em todas as esferas da vida
interagimos com outras pessoas. Dessas interações nascem relações de
poder, pode ser no âmbito familiar, do trabalho, ou em qualquer outro.
As
pessoas para se manterem no poder tendem a agir
maquiavelicamente. Maquiavel em sua obra-prima O Príncipe diz que o
objetivo principal de uma pessoa em posição de poder deve ser: “se manter no poder.” Ele lembra
que um Príncipe deve agir de forma pragmática para se manter no poder, ou
seja, sem pensar em imperativos morais. As ações devem ser sempre
dissimuladas, às vezes cruéis, às vezes covardes, às vezes generosas
quando se quer algo em troca. Não importa o valor moral delas: isto é
irrelevante. Tudo deve ser feito para o Príncipe se manter no poder. E
quantos Príncipes vivem entre nós,
fazendo de tudo para manterem- -se no poder? Diz uma frase, que não lembro de
quem é a autoria: “Dê poder a uma pessoa
se queres conhecê-la.” Algumas pessoas não conseguem nem sequer disfarçar o
vislumbre que o status e o poder lhes dão: o ego, simplesmente, infla e as
atitudes chegam a assustar. Eu penso: era um vulcão em repouso e agora em
erupção solta a lava sem direção. Salve-se quem puder (e quem quiser)!
Quem opta por agir
maquiavelicamente faz uma escolha legítima. Afinal, é melhor mandar que
obedecer e só manda quem detém poder. Obviamente, também existem
desvantagens em agir desta forma. Muitas desvantagens, pois o senso de
moralidade existe até no Príncipe maquiavélico.
Mas, afinal, não devemos tratar
aos outros da mesma maneira que gostaríamos de ser tratados? Esta também é
uma forma de ação legítima. O que impede, então, as pessoas agirem desta forma?
O fato dessa atitude ser essencialmente desinteressada: agimos assim porque
sabemos que é o correto, não porque estamos visando um ganho próprio. Além
do mais, ela requer uma consideração aos interesses alheios e até mesmo
uma cessão de poder a outras pessoas, coisa difícil de se fazer quando o
interesse próprio fala mais alto.
No tempo em
vivemos acredito que é certamente nosso dever “fazer todo o bem que pudermos, para todas as pessoas que pudermos, e de
todos os modos que pudermos”. Mas a escolha é de cada um: O Bem e o Mal
estão sempre à espreita.
DICA DA SEMANA
Na manchete de uma
revista com previsões astrológicas dizia: Como
será seu futuro daqui pra frente? Autores de frases como essa não podem
esperar muito de seu futuro, a não ser que se corrijam. Ao pensarem como foi seu passado daqui pra trás, não
encontrarão forças daqui pra frente, rumo ao futuro...
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